Um jogador de uma certa equipe se contunde no início de um campeonato. O tempo passa. A equipe fica sem esse jogador boa parte da campanha. Em certo momento da copa é possível inscrever um outro jogador, o que não é novidade pra ninguém.
Em um campeonato disputado paralelamente por esta mesma equipe um outro jovem jogador se destaca em um time de menor expressão atualmente e é contratado pela primeira equipe ao fim deste campeonato.
Este jovem jogador é, então, inscrito no primeiro campeonato.
Ele estréia em sua nova equipe. Faz o primeiro jogo em um terceiro campeonato também disputado paralelamente ao primeiro. Em seu segundo jogo, contra o agora seu maior rival mostra porque já foi um destaque marcando dois golaços na vitória de seu time. Mas ainda, não é o suficiente para ser o titular da equipe principal.
Três dias depois, no primeiro campeonato aqui citado e o mais importante em disputa, a situação encontrada não é das melhores com sua equipe perdendo o primeiro jogo de uma final por 1 x 0 na casa do rival, que parecia mais um caldeirão. No intervalo, ele ouve "O homem vai te botar pra jogar, hein!" e então responde "Tô cansado de tomar porrada na Série B, que é duro para caramba. Para jogar aqui é fácil, tem mais espaço".
E não é que pareceu fácil! Entrou aos 36 do segundo tempo. Recebeu O PASSE aos 40 que o deixou cara a cara com o gol e em seu primeiro toque na bola, como um veterano estufou a rede adversária. Romarinho. Só se fala nele agora. Merecidamente.
Agora lembremos um fato ocorrido anterior ao gol. O PASSE. Milimetricamente preciso. Poucos jogadores são capazes de ter tal visão e executar um passe com tamanha habilidade. Emerson a cada jogo que passa mostra mais raça, garra, habilidade e vontade de defender a camisa do Corinthians. Do jeito que nós torcedores Corintianos gostamos de ver. Parabéns, Emerson, tão importante quanto o gol, foi O PASSE.
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